domingo, 23 de agosto de 2009

Autores da Literatura de Cordel

ANTÔNIO TEODORO DOS SANTOS (O Poeta Garimpeiro), nasceu em Jaguarari, BA, em 24 de março de 1916, e faleceu em 23/10/1981, no em Senhor do Bonfim, BA, perto da sua cidade natal, Jaguarari, onde estava residindo desde 1979.  Antigo garimpeiro (de onde surgiu seu cognome), foi vendedor de folhetos de versos populares, além de poeta. Autor bastante fecundo, sua obra principal foi Vida e tragédia do Presidente Getúlio Vargas (publicado pela Editora Prelúdio), da qual se venderam 280 mil exemplares, e que mereceu uma análise especial do Prof. Raymond Cantel, diretor do Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Sorbonne, Paris. Teodoro foi o grande nome dos primórdios do cordel na Prelúdio, tendo sido autor de muitos sucessos lançados pela antecessora da Luzeiro.
Folhetos lançados pela Editora Luzeiro : A grandeza de São Paulo, João Soldado, o valente praça que meteu o diabo num saco, Maria Bonita a mulher cangaço, O encontro de Lampião com Dioguinho, O jogador na igreja, O Neto de José de Souza Leão, Piadas do Bocage.

APOLÔNIO ALVES DOS SANTOS nasceu em Serraria, PB, aos 20 de setembro de 1926. Em seus documentos, no entanto, consta como nascido em Guarabira-PB, cidade para onde foi levado e onde foi criado desde a infância por seus pais, Francisco Alves dos Santos e Antonia Maria da Conceição. Começou a escrever folhetos aos vinte anos. Seu primeiro romance foi Maria Cara de Pau e o Príncipe Gregoriano, que, não podendo publicar, vendeu a José Alves Pontes, lá mesmo em Guarabira. A venda se efetuou em 1948, mas o romance só foi impresso no ano deguinte. Em 1950, tentando melhorar de vida, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na construção civil como pedreiro ladrilheiro, e, em 1960, foi trabalhar na construção de Brasília, mas sempre escrevendo e vendendo seus folhetos. É dessa época sua obra A construção de Brasília e sua inauguração, que se esgotou pouco tempo depois de publicada. Em 1961, logo após a inauguração de Brasília, voltou ao Rio de Janeiro. Passou os últimos anos em Guarabira, Paraíba, vindo a falecer em 1998, em Campina Grande. já escreveu cerca de 120 folhetos, sendo os principais : O herói João Canguçu, Façanhas de Lampião. O aventureiro do Norte, Epitácio e Marina, O pau de arara valente, O pistoleiro da vila, Olegário e Albertina entre o crime e o amor e O noivo falso engenheiro.
Folhetos lançados pela Editora Luzeiro : A moça que se casou 14 vezes e continuou donzela, A morte de Leandro : saudades, O herói João Canguçu.

ARIEVALDO VIANA LIMA, poeta popular, radialista, ilustrador e publicitário, nasceu em Fazenda Ouro Preto, Quixeramobim-CE, aos 18 de setembro de 1967. Desde criança exercita sua verve poética, mas só começou a publicar sistematicamente os seus folhetos em 1999, quando lançou, juntamente com o poeta Pedro Paulo Paulino, uma caixa com 10 títulos chamada Coleção Cancão de Fogo. De 1988 a 1998 fez pequenas tiragens de seus folhetos em xerox, sistema bastante rudimentar, que foi completamente abolido pelo poeta após o lançamento da Coleção Cancão de Fogo. É o criador do Projeto ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular na alfabetização de jovens e adultos, adotado pela Secretaria de Educação, Cultura e Desporto de Canindé-CE. Em 2000, foi eleito membro da ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL, na qual ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira. Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: O Príncipe Natan e o Cavalo Mandingueiro, Proezas de Broca da Silveira (com Pedro Paulo Paulino), O homem da vaca e o poder do infortúnio.

7 comentários:

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Eles fizeram parte de uma época onde els cantavam a história do sertao, levando e trazendo as noticias.

A meu ver eles foram os primeiros repórteres, historiadores...

Parabéns pelo post tao informativo, muito bom.

Elvira Carvalho disse...

Sempre ouvi falar de literatura de cordel mas nunca soube bem o que era... Uma vez uma amiga me disse que a literatura de cordel eram aqueles romances de bolso, tipo Corin Tellado que os quiosques tinham presos nas portas por um cordel. Agora lendo este post vejo que é muito mais do que isso.
Gostei de saber.
Obrigada pela informação.

maria clara e carol disse...

a literatura de cordel é hoje muito usada em nosso dia-dia é tambem muito conhecida no mundo todo

Anônimo disse...

era isso q eu estava pricisando esse sim e um site q eu estava pricisando depois de ter perdido meu tenpo com esses sites bestas eu encontrei um q presta

Anônimo disse...

nossa fazer um trabalho sobre literatura de cordel é muito dificíl

PÁDUA DE QUEIROZ, CORDEL E ARTE disse...

parabéns por esse brilhante trabalho.

Eu sou caboclo serrano
nascido no Ceará
o cordel é a bandeira
que sempre hei de empunhar
quando Deus fez o mundo
me deu no mesmo segundo
o dom de saber rimar.

Fez o céu, a terra e o mar
planeta e constelação
animais de várias espécies
minério e vegetação
quadrúpede, bípede e aquático
um mundo belo e fantástico
fez o pai da criação....

http://paduadequeirozcordelearte.blogspot.com

Anônimo disse...

um bando de velhos toscossss!!!azilos